21.8.11

sina

triste é a sina
que não nos sai das mãos
tal tinta encantada
que nos desenha a vida
em círculos cada vez maiores
mas sempre mais pequenos que o mundo

quero é voar
quero é disfarçar
a vida pequena neste mundo
mas sempre aquela tinta que pinta
que nos marca e nos prende ao chão

a paz

se o mar fosse como os teus cabelos
seria o maior dos navegadores
deixaria correr os meus dedos

se os teus olhos fossem as estrelas
percorria todos os mares
num desejo de eternos amores

se o teu abraço fosse o cais
atracaria para sempre
na paz do teu regaço

não apagues o calor

não apagues o amor
não desistas do calor

não há justificação na cruz
um olhar que seduz
vale mais que a solidão
de uma vida sem paixão

não acredites no passado
não o desejes dourado

não existe nada no escuro
apenas a luz é o futuro