16.1.08

Sentidos da Ciência, na primeira pessoa.

São quatro, quatro mil ou quatro milhões de sensações quando pretendo percorrer os sentidos na sua forma abstracta.

O sentido da Terra é a demonstração mais humana da minha grandeza. A mesma terra que domina a vida e é dela que conscientemente dependo. Arrasto os pés no chão para me sentir vivo, para acreditar que existem outros seres vivos e que a ilusão me preenche com uma vasta planície

Acredito na partida. Não domino os sentimentos que enrolam a partida, num misto de tristeza e de profunda nostalgia. Mas alguém criou os instrumentos necessários e são eles que de forma soberba nos mostram as portas dos reinos e de terras distantes. E a ouvir a terra, que mesmo distante, não deixa de me envolver. É gente que pretendo ser. Gente que domina por completo o espaço e o tempo e que sabe que tudo gira em torno deste.

Que tempo me espera no futuro? Serão os cheiros, as formas a luz que vou continuar a sentir? Esta sensação de estar parado a sentir o espaço que se altera.

Tudo o que me envolve é luz é imaginação. Contas de cores garridas que se perdem no contar do tempo. Jogo com sentidos que se unem à terra e à vida

Sentir é olhar o oriente longínquo e a proporção divina do recorte.Tudo é sonho, ciência e magia. Tudo é vida.

palavras por dizer

deixa que abrace, que te embarace
com o disparate de te ter
a meu lado

de sentir esta terra
percorrendo os meus passos
com o horizonte por companhia

deixa ser a tua lua
que ilumina o teu rosto
com a luz das minhas palavras

deixa-me voar
por cima das árvores
deixa-me partir por esta estrada

quero-te bem